quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Batatas? Gostas pouco, gostas...



Fritas, cozidas, assadas, em puré, gratinadas, a murro... Ora, batatas! A fazer-nos felizes desde a infância. Quem nunca fugiu a uma palmada pedagógica por roubar uma batata frita ainda em brasa, que atire a primeira pedra. Quem nunca lambeu a colher de pau do puré de batata, não viveu.

Estas são as minhas batatas assadas, e servem para acompanhar quase tudo. O pior que pode acontecer é suplantarem o/a companheiro/a de prato. É por estas e por outras que há quem deixe a apresentação dos/as amigos/as giraços/as, para depois da fase de negociação com o objecto de desejo. True story!

Devo confessar uma das coisas que me faz adorar estas batatas, à beira da obsessão: odeio, detesto, abomino descascar batatas. E estas batatas são indulgentes com a minha preguiça e amigas do meu palato. Que mais posso desejar? O exílio do Miguel Sousa Tavares, se calhar. E já agora podia levar a Margarida Rebelo Pinto, aposto que dá um belo porta-fatos. Sonhos à parte, cá vai a prescrição para hoje. Aqui por casa,as batatas vão fazer parceria com umas salsichas de churrasco grelhadas e uma bela saladonga de tomate e oregãos. É pouco bom, é:

As minhas batatas assadas

Tempo de preparação: Comme si, comme ça

Despensa:

1 kg de batatas pequenas, cortadas às rodelas (espessura de um dedo, mais coisa, menos coisa)
Azeite
Sal e pimenta preta q.b.
½ colher de chá de alho em pó
1 colher de chá de tomilho seco

A parte divertida:

Coze as batatas às rodelas, apenas com sal, sem deixar que fiquem moles.
Cobre o fundo de um pirex grande (para que as batatas não fiquem amontoadas) com azeite, espalha as batatas, e rega com mais um pouco de azeite.
De seguida, cobre as “meninas” com os restantes ingredientes, e remexe-as para que fiquem todas envolvidas nos temperos.
Por fim, forno com elas até ficarem douradinhas, isto é, cerca de 15 min a 210º. Et voilá!


Post scriptum: Já fiz estas meninas com oregãos, com alecrim, e também ficam boas, boas, boas, como as gajas de Ermesinde. E também podem usar dentes de alho bem picados, em substituição do alho em pó. Mas esta versão é a que reúne o consenso familiar: Ervilha Maria a favor do tomilho, Bróculo Júnior e Maria Achocolatada a favor do alho em pó (trincar alho é coisa que não lhes assiste), e Zé do Polvo... Bem, para ele está tudo bem, desde que não seja pescada cozida. Ah, nota importante: se os meus vizinhos virem isto, foi o meu marido que roubou as buganvílias. Desculpa, amor, eu levo-te biscoitinhos à prisão.

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