segunda-feira, 18 de novembro de 2013

#Dia de Folga: Ervilha no Marvão


E foi neste preciso momento que pensei: i think this is the beggining of a beautiful friendship. E não podia estar mais certa. Como vos expliquei aqui, Ervilha Maria e seu excelso Zé do Polvo completaram 10 de anos de casório. Vai daí decidimos ir comemorar para o Marvão, passeio já prometido há algum tempo. E após apurada pesquisa, encontrei a Estalagem do Marvão, e pensei: Aqui vou ser feliz. E Ervilhe Marie não se enganou.

Chegámos a Marvão e deparámo-nos com temperaturas dignas da prateleira mais alta do frigorífico. Entrámos neste estalagem, e encontrámos uma recepção digna de derreter o iceberg que transformou o Di Caprio num douradinho do Capitão Iglo. Lareira acesa, um quarto à escolha do freguês, recomendações (que viemos a confirmar serem das boas), disponibilidade completa. Um anfitrião perfeito: 5 minutos depois de chegar, já nos sentíamos em casa. E que casa.

Este tinto (Herdade dos Muachos) e este queijo (SotoNisa) juntaram-se a nós para fazer claque no Portugal-Ibrahimovic. Foram adquiridos na Mercearia do Marvão, propriedade dos nossos anfitriões. Mas falarei disso mais à frente. Ao intervalo com 0-0 no marcador, e já muitos palavrões lançados (ainda bem que éramos os únicos na estalagem), fomos jantar à Varanda do Alentejo.



Já tínhamos dado o pontapé de saída em casa com o queijo, pelo que chegados ao restaurante fomos directos ao prato principal, e sentámo-nos lado a lado para ver o jogo, e ficar de mãos dadas feitos lamechas. E foi assim: um ensopado de borrego para o menino, umas migas com magusto de porco preto para a menina, e um Marquês de Borba ("Um dia, não são dias, amor!"- Zé do Polvo). Comeu-se maravilhosamente (with migas you can't go wrong, e que migas estas), brindou-se "comme il faut", e ainda houve tempo para gritar "Incha, Blatter!". Já não houve espaço para sobremesa, por muito que a sericaia me estivesse a assediar ostensivamente. Com cafés, se terminou este manjar, e por pouco de mais de  trinta euros se fez a festa. Perfeito.


Armados em valentões, rimo-nos na cara do termómetro, e atirámo-nos a um passeio nocturno. O estômago repleto assim o ditava, e o encanto desta terra assim o exigia. Satisfeitos com a decisão, e concretizado o objectivo de "esmoer" o banquete, voltámos para casa, quer dizer, para a Estalagem que nos cheirava a casa. Sim, e  não vos conto mais nada, que isto é um blog de gente séria, não é a Venda do Pinheiro.


Um pequeno almoço dos Deuses. Só isso. Se tiveres uma costela de americano alarve, que gosta de feijão com salsichas ao acordar, o destino é República Dominicana, não Marvão. Agora se fores como Ervilhe Marie, que fica feliz com pão quentinho, leite com café, sumo de laranja, queijinho do bom, bolo finto, e um doce de ananás que vai ficar para sempre no meu coração: o paraíso é aqui.


E lá fomos nós "esmoer" outra vez, até ao altaneiro Castelo de Marvão, que tem uma vista linda que dói. Tudo bem organizado, bem conservado, e com uma pequena loja de souvenirs com produtos de bom gosto. Nem parece Portugal...


A estadia terminou na a fazer o check out com os simpáticos donos Nuno e Catarina, a fazer umas comprinhas nesta Mercearia em que apetece viver. Mil e um produtos, locais na sua maioria, e muitos deles de produção própria. Nomeadamente um tintol que trouxe para casa, e um caderno (eu e os cadernos) capeado com uma fotografia linda a preto e branco. E se ainda não estivéssemos conquistados, ainda fomos brindados com um bolo finto de oferta. Despedimo-nos com um até já, pois sem sombra dúvida, Ervilha Maria vai voltar com a prole. Marvanenses, nos aguardem! I'll be back!


Post Scriptum: Não percam o próximo episódio "Ervilha em Castelo Vide". Um episódio polémico com sangue, suor e lágrimas... Estava a brincar: com mais tinto, mais queijo e mais migas.

1 comentário:

  1. Adorei!!!! Trouxeste queijo? Em caso positivo sexta em minha casa. Trás o queijo, claro.

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